domingo, 1 de agosto de 2010
Modinha
Quando eu fico aguda de saudade eu viro só ouvido.
Encosto ele no ar, na terra, no canto das paredes,
pra escutar nefando.
Um homem que já morreu cantava “a flor mimosa
desbotar não pode, nem mesmo o tempo
de um poder nefando” – mais dolorido canta
quem não é cantor.
A alma dele zoando de tão grave, tocável
como o ar de sua garganta vibrando.
No juízo final, se Deus permitisse,
eu acordava um morto com este canto,
mas que o anjo com sua trombeta.
Adélia Prado
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que Lindo !!!!!!! Linda Foto, Estela......
ResponderExcluirBeijooooooo
Amei..
ResponderExcluirmuito bom entrar no seu blog e encontrar esses poemas.
que me faz pensar
refletir e
ficar em paz.
Abraços!